sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Atividade Física


A atividade física pode ser definida como movimentos corpóreos produzidos pelos músculos esqueléticos que resultem em dispêndio energético (GOMES, SIQUEIRA, SICHIERI, 2001) preservando e melhorando a saúde dos indivíduos (BAPTISTA, 2000; PITANGA, 2004). Ao longo dos anos a atividade física se tornou alvo de grandes estudos, pois os hábitos alimentares associado ao sedentarismo são hoje sem dúvida, os principais fatores predisponentes para o surgimento de doenças crônicas não transmissíveis na população (FERREIRA; OLIVEIRA; PHILIPPI, 2006). O sedentarismo e estilos de vida que incorporam pouca atividade física podem ter efeitos negativos, provocando o aparecimento de doenças crônicas, cardiovasculares, o aumento da taxa de diabetes, hipertensão arterial e excesso de peso corporal, entre tantos outros problemas (CHALFUN; VALE; FORTES, 2008; MATSUDO et al., 2001).
Com a evolução humana as pessoas se acomodaram, ficaram dependentes de objetos que facilitam a vida, como por exemplo: o controle remoto, computador e escadas rolantes (WHO, 1998; PINHO, 1999), devido a essas facilidades proporcionadas pela tecnologia, às pessoas acabam substituindo as atividades ocupacionais por facilidades automatizadas, adotando assim a lei do menor esforço, desta forma se faz necessário provocar alterações comportamentais, no cotidiano e nas atitudes destes indivíduos, proporcionando um equilíbrio energético (ALVES, 2007). Pois um estilo de vida saudável associado à prática regular de exercícios físicos traz benefícios à saúde, como diminuição do risco de um Acidente Vascular Cerebral (AVC), diminuição da obesidade, do diabetes melitus, favorece um aumento da massa óssea na adolescência e poderá reduzir o risco de aparecimento de osteoporose em idades mais avançadas, principalmente em mulheres pós-menopausa (SBME, 1998), além de diminuir os custos financeiros com tratamentos médicos (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002).
Com relação às opções de questionários disponíveis para avaliação dos níveis de prática habitual de atividade física, e diante das dificuldades para se obter medidas de atividades físicas internacionalmente comparáveis, a Organização Mundial de Saúde e 25 instituições se reuniram a fim de desenvolver e testar um instrumento para medidas de atividades físicas de uso internacional, dando início ao Questionário Internacional de Atividades Físicas (International Physical Activity Questionnaire, IPAQ) em suas diferentes versões visando determinar a confiabilidade e validade do instrumento. Os resultados obtidos no Brasil tiveram a coordenação do Doutor Victor Matsudo, no Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul (CELAFISCS) (MATSUDO et al. 2001).


Referências
SILVA, GSF; BERGAMASCHINE, R; ROSA, M; MELO, C; MIRANDA, R; BARA, M. Avaliação do nível de atividade física de estudantes de graduação das áreas saúde/biológica. Rev. Bras. Med. Esp. 13 (1): 45-51, 2006.
FERREIRA, C; OLIVEIRA, IMRP de; PHILIPPI, ST. Incentivo à prática de atividade física a pacientes atendidos na clínica de nutrição - clinut, da faculdade de saúde pública (USP). Rev. bras. Educ. Fís. Esp., São Paulo, v.20, p.395-401, Suplemento n.5, set. 2006.
MATSUDO S, ARAÚJO T, MATSUDO V, ANDRADE D, ANDRADE E, OLIVEIRA LC, BRAGGION G. Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ): estudo de validade e reprodutibilidade no Brasil. Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde. 6(2): 5-12; 2001.
CRAIG CL et al. International Physical Activity Questionnaire: 12-Country Reliability and Validity. Medicine and Science in Sports and Exercise. 35(8): 1381–1395; 2003.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Agita Brasil: guia para agentes multiplicadores. Brasília: Ministério da Saúde; 2002.
MATSUDO SM, MATSUDO VR, ARAÚJO T, ANDRADE D, ANDRADE E, OLIVEIRA LC, et al. Nível de atividade física da população do Estado de São Paulo: análise de acordo com o gênero, idade, nível sócio-econômico, distribuição geográfica e de conhecimento. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, 10:41-50; 2002.
BAPTISTA PB. Epidemiologia da atividade física. Rev socerj; 8:173-4. 2000.
PITANGA, F. J. G. Epidemiologia, atividade física e saúde. Rev. Bras. Ciên. e Mov. 10 (3): 49-54, 2002.
CHALFUN MBM, VALE RGS, FORTES MSR. Perfi l lipídico de adultos sedentários em função do nível de força muscular. Fit Perf J.;7(1):16-9.2008
ALVES, US. Não ao sedentarismo, sim à saúde: contribuições da Educação Física escolar e dos esportes. O mundo da saúde São Paulo: out/dez 31(4):464-469.2007



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